quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Qats

Talvez te não tenha dito ainda, pura comodidade minha, que não seremos felizes nunca. Talvez te não tenha dito ainda que não passaremos de estátuas esculpidas pelo desgaste da vida. Seremos somente eu e tu, como sempre fomos, fugindo paradas do tempo célere que nos engole. Será culpa nossa? Seremos nós a negar-nos à vida? Ou seremos simplesmente nós a fugirmos à responsabilidade de sermos felizes?
Dói, dói daquela forma que é cruel, porque dói por dentro, dói onde não chegamos... Queria chegar a ti, queria arrancar-te essa dor do peito, queria prostrá-la ante mim e matá-la por ti.
Falhámos a vida... E falhámo-la tão cedo... Nem tempo tivemos ainda para tropeçar e estamos já imóveis no chão. Terá o tempo chegado até nós cedo de mais? Ou teremos nós apressado o tempo?
Mas falhámos juntas, perdemos juntas, sofremos juntas e, um dia, erguer-nos-emos juntas. Não te faço promessas, amiga minha, senão a de te ter sempre junto a mim, como uma irmã. Porque a minha dor se alimenta da tua, jamais vou deixar que te voltem a fazer sofrer!
Muitas circunstâncias nos impediram, impedem e impedirão de ser felizes, mas nunca ninguém nos impedirá de sonhar. Sonha portanto essa felicidade que é tua por direito, sonha-a e leva-me nesse sonho... Dormindo viveremos a vida até mais não, dormindo gastaremos a imaginação em horas fúteis, inúteis à vida, mas indispensáveis a nós.

6 comentários:

  1. obrigada minha querida. Nao sabes o bem q este texto me fez... Saber q n me abandonas numa luta por mim travada e por mim sofrida...
    Sei que estarás lá para mim, que estarás lá para me reerguer sempre que me ferir. Sim, sei disso, porque o teu coração é feito de ternura e de amizade, e quando me vês chorar, sofres comigo para partilhar o fardo.
    contudo, eu tb n te qero ver a sofrer, e, por isso, farei de tudo para terminar com este suplicio em mim.

    Valete, frates

    Amo-te

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  2. "Não vale a pena escrever meu nome numa pedra, pois essa pedra em pó vai-se transformar.
    Eu sou nuvem passageira que com o vento se vai, sou como um copo de vidro que se quebra quando cai."
    Sei quem é o autor mas nao sei dizer quem é.

    Não deixem transformar em pó, não deixem que o vento leve e não deixem (ninguém)quebrar essa AMIZADE.
    Carlos Maciel

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  3. Sei que és a Mónica que já foi minha um dia...
    mas que prazer reencontrar-te, aqui, nesta tua casa virtual, vinda da minha casa igualmente virtual, depois de partilharmos salas de aula sem fim, na ESA. Vou sabendo novas tuas, de quando em vez, sempre sempre boas.
    Continua a perseguir o teu sonho, Mónica. Sei que a tua vida tem tudo para dar certo.
    Beijinhos, xi-coração e fica muito bem...

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  4. Que bom que foi encontrar a Professora aqui também! Esta época da minha vida está a ser muito boa, mas ficam sempre as saudades desse tempo que já passou...
    Um beijo enorme :)

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